A base de qualquer relação BDSM está na negociação. Nenhuma Dominadora séria faria uma sessão com um (a) sub antes de uma negociação que deve concluir num contrato (que pode ser escrito, formal, ou apenas oral). O mais importante tanto da negociação quanto do contrato é a questão dos limites.
BDSM é o oposto do abuso, o oposto da violência doméstica. Isso significa que a dominadora nunca fará algo que o submisso (a) não queira. Um marido abusador que bate na esposa está pouco interessado se ela quer ou não. Uma dominadora pode dar uma surra muito maior na seu (a) submisso (a), mas não irá machucá-la porque ela saberá o que ela estará fazendo e como ela estará fazendo, de uma forma segura e consensual (além de, claro, ter todo o cuidado com a saúde dele (a), que um abusador não teria).
BDSM E SEUS LIMITES
Mas como relacionar isso com o fato de que, numa sessão quem manda é a dominadora? Simples: o submisso (a) não diz o que se vai fazer na sessão. Ele (a) diz o que não se pode fazer. Ele (a) estabelece os limites. Tudo que não é limite é permitido, o que dá uma ampla variedade de opções para o dominador sem que ele fira o princípio da consensualidade.
Existem limites normais e limite estritos.
Limites normais: são as atividades que a sub tem dificuldades, mas pode vir a experimentar.
Limites estritos: são as coisas que o submisso (a) nunca faria. Limites normais podem ser ultrapassados pela dominadora, mas com calma e paciência, com cuidado. Se o sexo anal é um limite normal, ele pode tentar alguma brincadeira anal aos poucos, mas sempre pronto a parar caso seja necessário (para isso existe a safe – palavra de segurança). Mas no caso dos limites estritos, uma dominadora de verdade jamais tentaria ultrapassá-los.
Seria ótimo se todas as relações, mesmo as baunilhas fossem pautadas pelos princípios do dialógo e da consensualidade.
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