E foi naquele momento que percebi meu maior erro, achar que eu "seria".
Afinal, quem sou?
O que sou?
Além de um bajulador, serviçal, capacho, ínfimo e jocoso?
Quem na verdade se importa?
Tive muitas chances de me descobrir, e em cada uma delas a ansiedade me fez focar no amanhã.
Assim ao invés de me descobrir, me dividi mais e mais e mais... em vários seus.
Nessa minha anarquia mental subversiva e submissa, a energia em alfa, beta, gama e todas demais radiações predominantes em cada célula do meu corpo pulsam como pulsam, e como impulso tento soltar meus pulsos...
Tomo impulso e parto?
Ou me parto nesse imposto pasto?
Nem eu mais me importo...
Que erro bobo, achar que eu mereceria "ser".
Ainda mais dentro de um mundo megalomaníaco, dolorido, colorido e caótico como o seu.
Quem na verdade se importa?
Eu já não mais.
Espero que eu não me esvaia aos poucos, onde os sonhos só fiquem nas prateleiras dos impossíveis fluidos que não provei.
No momento ainda me entrego inconsequente, apenas me entrego e entrego-me sem pensar no que vem pela frente.
Pego as migalhas deixadas, me vitrifico, me recolho, me reergo...
E me humilho novamente... Sem questionar.
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